Noticias veiculadas recentemente na imprensa dão conta - segundo o Presidente eleito da Associação Amazonense de Municípios, Sr. Iran Lima, Prefeito de Boca do Acre - de que No Amazonas, 49 prefeituras estão impedidas de firmar convênios com
órgãos federais por estarem com restrições no cadastro de convênios (Cauc). O número equivale a 79% dos
62 municípios do Estado.
Aliado à falta de uma politica de Recursos Humanos que estabeleça o
ingresso por meio de Concurso Público com uma carreira de Estado que
possibilite a provisão sustentada de médicos, os desvios de recursos que
deveriam ser utilizados para oferecer estruturas, exames e medicamentos é
que são os verdadeiros motivos da quase inexistencia de atençao à saude no
interior. Culpar os médicos de não quererem ir é um reducionismo enganador que serve para desviar a atenção desse verdadeiros determinantes.
Esse diagnostico de inadimplencia pode dar uma boa pista para investigar como a corrupção afeta a saúde pública.
Na verdade, foi a saude de muitos municipios afetada pela "Síndrome do Faraó". Derrotados, os gestores em retirada deixaram em terra arassada os sistemas locais de saúde: deram calotes no pagamento de trabalhadores, demitiram quase todos os funcionários, surrupiaram informações, desativaram estabelecimentos de saúde e deixaram os municipios desabastecidos de medicamentos e outros produtos essenciais para a saude da população como se a vida das pessoas dali lhes pertencessem podendo serem levadas com eles a chance de que ela pudesse durar mais ou ser melhor.
Se houvessem mais funcionários e estaveis, isso nao ocorrreria assim.
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